
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano e nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo, mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos. E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda a gente. Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo. Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo. Não sei se a vida é pouco ou demais para mim. Não sei se sinto demais ou de menos. Seja como for a vida de tão interessante que é a todos os momentos, a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger, a dar vontade de dar pulos, de ficar no chão, de sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas e ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos".
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