
"A coisa me domina. Mas o cachorro que há em mim late e há arrebentação da coisa fatal. Há fatalidade na minha vida. Há muito aceitei o destino espaventado que é o meu. Obrigada. Muito obrigada, meu senhor. Vou embora: vou ao que é meu. Meu coração está gélido que nem barulhinho de gelo em copo de uísque. Um dia eu falarei do gelo. De nervosa quebrei um copo. E o mundo estourou. E quebrei espelho. Mas não me olhei nele. Vou fazer uma devassa das coisas. Espero que elas não se vinguem de mim. Perdoe-me, coisa, que sou pobre coitada. Ah que suspiro do mundo."
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