17 de fev. de 2010

Navegando pela "blogsfera"...colei:

"Uma palavra caída das montanhas dos instantes desmancha todos os mares e une as terras mais distantes... - palavra que não direi.Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos, - que amargamente inventei.E, enquanto não me descobres,os mundos vão navegando nos ares certos do tempo, até não se sabe quando...e um dia me acabarei.Não te fies do tempo nem da eternidade, que as nuvens me puxam pelos vestidos que os ventos me arrastam contra o meu desejo!Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã morro e não te vejo! Não demores tão longe, em lugar tão secreto, nácar de silêncio que o mar comprime, o lábio, limite do instante absoluto! Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã eu morro e não te escuto! Aparece-me agora, que ainda reconheço a anêmona aberta na tua face e em redor dos muros o vento inimigo...Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,que amanhã eu morro e não te digo(Cecília Meireles)."

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