"Preguiça é o maior sinal da falta de autoconfiança.
A preguiça é a pouca ou falta de disposição ou aversão ao trabalho, demora ou lentidão para fazer qualquer coisa. É o tédio ou a tristeza em relação aos bens interiores e espirituais. É um aborrecimento natural pelo trabalho no dia-a-dia, se o mesmo não tiver seu esforço recompensado.
Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução. A preguiça não se resume na preguiça física, mas também na preguiça de pensar, sentir e agir. A crença básica da preguiça é "Não necessito aprender nada", levando a um movimento limitador das idéias e ações no cotidiano e traduzido pelo "deixa para depois". A origem da palavra vem do hebraico: atsêl, que pode ser traduzida por lentidão ou indolência. A preguiça é considerada pecado mortal ao se opor diretamente ao amor a Deus.
A característica básica da preguiça pode ser encontrada em pessoas que freqüentemente adiam compromissos, decisões, projetos, mudanças, ou até simples afazeres rotineiros, comprometendo o resultado desejado, com a justificativa de que não houve tempo, ou que irá realizar outro dia, mas que na verdade, tentam ocultar uma insegurança exagerada em sua própria capacidade de agir. Utilizam-se do desânimo, esquecimento, como estratégia para fugir da necessidade de arregaçar as mangas e enfrentar a parte que lhes cabe realizar na vida. É como se sentissem imobilizadas perante à vida.
O chefe preguiçoso.
No ambiente profissional a preguiça de planejar, de ordenar as idéias, de se preparar e pensar no futuro evidencia um líder que não utiliza metodologias no trabalho, mas que muda constantemente as decisões e os planos para o departamento ou para a equipe. O líder não consegue precisar quais as missões, objetivos e metas do departamento e dos membros da equipe, onde a mesma passa a trabalhar em "marcha-lenta", pois sabe que aquele pedido feito pelo líder poderá mudar em breve. A equipe não consegue relacionar os planos, objetivos e projetos do departamento com o planejamento estratégico e objetivos organizacionais. Está muito relacionada ainda com a má administração do tempo, pois as prioridades mal definidas fazem com que se faça mudanças constantes nos planos.
Todos essa série sobre 'Os Sete Pecados Capitais' foi baseada na lista de São Tomás de Aquino que explica o quanto é importante conhecer nossos instintos mais primitivos, nossa sombra como diz Jung, o lado escuro que todos nós temos, mas que é possível através da conscientização e do autoconhecimento, colocar luz onde só era escuridão.
Os "pecados" contêm a possibilidade de se desencadear em outros tantos pecados, daí serem chamados capitais e se fundamentam em algum desejo natural e instintivo. Podemos encontrar cada um dos pecados em nossas relações diárias e em nós mesmos. É preciso conhecer cada pecado e não reprimi-los, pois só assim conseguiremos compreender e transformá-los".Rosemeire Zago.
28 de out. de 2009
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